O que é?
A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da massa óssea e alteração da sua microarquitetura, levando ao enfraquecimento dos ossos e ao aumento do risco de fraturas. Essas fraturas podem acontecer mesmo em situações de baixo impacto, como uma queda da própria altura.
Fatores de Risco
A doença é mais comum em mulheres após a menopausa, mas também pode ocorrer em homens e em pessoas mais jovens com doenças ou uso de medicamentos que afetem a saúde óssea. Fatores como história familiar de fratura, baixo peso corporal, tabagismo, consumo excessivo de álcool e sedentarismo também aumentam o risco.
Sintomas
Osteoporose não dói!
Essa é uma informação importante, porque muitas pessoas acreditam que a doença se manifesta com dor. Na realidade, a osteoporose é silenciosa e só costuma dar sinais quando já ocorreu uma fratura — que pode acontecer mesmo em situações de baixo impacto. As fraturas mais comuns são no quadril, na coluna e no punho, e nesses casos sim surge dor, perda de mobilidade e até risco de complicações mais graves.
Diagnóstico
O exame padrão para diagnóstico é a densitometria óssea, que mede a densidade mineral dos ossos. Ele deve ser indicado pelo médico conforme o risco individual de cada paciente.
Rastreamento e Prevenção
O rastreamento é importante para identificar precocemente quem tem risco de desenvolver a doença. Além de hábitos saudáveis, é fundamental saber quem deve realizar o exame de densitometria óssea (DXA):
- Mulheres a partir de 65 anos.
- Mulheres pós-menopausa com menos de 65 anos e fatores de risco elevados, como baixo peso corporal, fratura prévia, uso prolongado de corticoides, tabagismo, consumo excessivo de álcool ou doenças que afetam a saúde óssea.
- Homens a partir de 70 anos. Embora algumas diretrizes internacionais considerem a evidência insuficiente para rastreamento rotineiro, no Brasil essa é uma recomendação válida, principalmente em quem apresenta fatores de risco.
- Adultos com fratura por fragilidade após os 50 anos, independentemente do sexo.
- Pessoas de qualquer idade adulta com doenças ou uso de medicamentos que aumentem o risco de osteoporose, como uso crônico de glicocorticoides, artrite reumatoide, hipogonadismo, distúrbios da tireoide, hiperparatireoidismo, doença celíaca, cirurgia bariátrica, doença renal crônica, entre outros.
Repetição do exame: a densitometria deve ser repetida quando o resultado pode mudar a conduta médica — geralmente 1 a 2 anos após iniciar ou trocar tratamento, para avaliar resposta. Fora do tratamento, o intervalo é individualizado, mas em geral não há benefício em repetir antes de 4 a 8 anos, a menos que surjam novos fatores de risco ou piora clínica.
Tratamento
O tratamento inclui mudanças no estilo de vida, suplementação de cálcio e vitamina D, além de medicamentos específicos que fortalecem os ossos e reduzem o risco de fraturas. A escolha da medicação depende de cada caso, devendo ser individualizada após avaliação médica.
Entre as mudanças de estilo de vida, o exercício físico ocupa um papel central. Práticas como musculação e pilates são altamente recomendadas, pois ajudam a fortalecer os músculos, melhorar a postura e aumentar a densidade óssea. Além disso, contribuem para o equilíbrio e a coordenação, reduzindo o risco de quedas — que são a principal causa de fraturas em pessoas com osteoporose. Manter uma rotina de exercícios regulares, orientada por profissionais capacitados, faz diferença real na qualidade de vida.